A Filosofia Oriental e o Eurocentrismo

21/08/2015 08:09

A definição enciclopédica de eurocentrismo é de uma visão de mundo que tende a colocar a Europa (assim como, sua cultura, seu povo, suas línguas, etc.) como o elemento fundamental na constituição da sociedade moderna, sendo necessariamente a protagonista da história do homem. Esta arrogância cultural esta impregnada na base do pensamento de seus filósofos. Os pensamentos de Kant, Schopenhauer, Freud e Hegel, para dar exemplos, seriam mais reverenciados no futuro se estes autores tivessem respeitado os direitos autorais dos filósofos orientais, a começar pela filosofia védica, de onde foram beber para saciar a sede. Schopenhauer foi, neste sentido, o mais honesto com as fontes ao citar ter sido influenciado por Buda e pela filosofia hindu. Freud pegou os escritos de Schopenhauer e uma lista de sinônimos para construir sua psicologia. Mérito: a psicanálise. Hegel quis falar do Brahma Absoluto desenvolvido há quatro mil anos ou mais pelos orientais, sem tê-lo admitido por inteiro. Tropeçou, complicou e se deu bem, pois teve sucesso em deixar a alguns poucos eurocentristas com paciência para decifrar sua linguagem abstrusa. Em sua época, como hoje, qualquer professor de filosofia necessitava escrever um livro de complexidade reconhecida para maior prestígio. Nada como tomar para si um pensamento milenar desconhecido dos outros. Está aí a questão de fundo da perseguição da Santa Inquisição Filosófica que grassava, e grassa, nos meios acadêmicos, para quem ousar se referir à Filosofia Oriental. A filosofia eurocentrica sofre de Complexo de Édipo.

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